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Crônicas de memória e resistência

a chacina.

Na madrugada do dia 12 de novembro de 2015, 11 pessoas foram assassinadas na região da Grande Messejana, mais precisamente no bairro Curió, em Fortaleza (CE). Das vítimas, oito eram jovens com idade entre 16 e 19 anos. O caso, conhecido como Chacina do Curió ou “Chacina da Grande Messejana", foi marcado por ações de homens encapuzados nos bairros Curió, Alagadiço Novo, São Miguel e Messejana. Toda a ação se estendeu por cerca de seis horas e, além das 11 vítimas fatais, deixou outras sete feridas.

A chacina, até então a maior do estado do Ceará, ficou nacionalmente conhecida pela forma violenta como foi realizada e por ter policiais militares como executores, agentes do Estado que, por lei, são responsáveis pela proteção dos indivíduos, mas que agiram de forma contrária a isso. As investigações do Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE) apontam que a chacina ocorreu em retaliação à morte do policial militar Valtemberg Chaves Serpa, morto em uma tentativa de assalto à esposa na noite de 11 de novembro de 2015 no bairro Lagoa Redonda.

Planejada pela internet, a Chacina do Curió desconfigurou a rotina de um bairro e mudou a vida de 11 famílias vitimadas pelas perdas dos jovens Antônio Alisson (17), Jardel Lima (17), Álef Sousa (17), Marcelo da Silva (17), Patrício João (16), Jandeson Alexandre (19), Pedro Alcântara (18) e Renayson Girão (17), além das outras três vítimas fatais, Francisco Elenildo Pereira (41), Valmir Ferreira da Conceição (37) e José Gilvan (42). Das 11 vítimas, apenas duas possuíam antecedentes criminais, com ocorrências consideradas leves, relacionadas a trânsito e pensão alimentícia, não havendo nenhum indício concreto que ligue as vítimas à criminalidade. 

Passados seis anos desde a madrugada violenta na Grande Messejana, dos 45 policiais militares apontados na denúncia inicial do MPCE, 34 serão levados a júri popular, ainda sem data marcada, de acordo com decisão unânime da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará.

No centro disso tudo, ergueu-se um movimento de mulheres que reivindicam justiça, inclusive por meio de uma página no Facebook, intitulada Mães do Curió Lutam Por Justiça. Por meio dessa união centrada nas mães dos jovens assassinados no Curió, pais, amigos, familiares e esposas das 11 vítimas atuam para manter a visibilidade do caso, cobrar medidas do Estado e manter viva a memória de seus entes queridos. 

chacina
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livro

o livro.

Este livro busca resgatar a história de vida de quatro dos meninos do Curió por meio de crônicas baseadas em relatos oferecidos por mães e pessoas que viveram próximas a eles.

 

É uma volta ao passado para descobrir quais sonhos, anseios e desejos foram ceifados de forma prematura, e também uma passagem pelo presente, em que a não conclusão de todas essas expectativas deixou uma marca profunda.

autoras.

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gabriela almeida

Jornalista pela Universidade Federal

do Ceará

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juliana teixeira

Jornalista formada pela Universidade Federal do Ceará com experiência e interesse em Marketing Digital.

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premiações.

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Vencedor na categoria JO12 - Livro-reportagem 

na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) da Região Nordeste 2021

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Vencedor na categoria JO12 - Livro-reportagem 

representando a região Nordeste no 44º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

contato.

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